PERITO FALA DO MEIO AMBIENTE NA GLOBALIZAÇÃO
Por Georgiana de Sá/Fotos de Otávio Goulart
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“Por ganância econômica, ignorância e questões culturais, o ser humano se torna o principal ator na degradação ambiental do planeta”, lamenta Otávio Goulart Guerra Terceiro, professor e Perito em Meio Ambiente do Instituto de Criminalística de Minas Gerais. Conforme o especialista, as expansões agropastoris desenvolvem agressiva política de ocupação de terras e são responsáveis pelo desmatamento maciço de cerca de 600.000 km2 de Mata Atlântica e Cerrado do território mineiro. “As atividades ligadas a pecuária têm histórica importância na economia das populações rurais e, da mesma forma, aumentam a exploração desmedida do meio ambiente”.
Para criar pastagens é preciso desmatar e a perda de cobertura vegetal ameaça reservas de água doce, que, segundo Otávio, promove alterações microclimáticas e causa interferência direta no padrão de circulação dos ventos e na umidade relativa do ar.
Lançado em 02 de fevereiro de 2007, o IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas), reuniu cientistas de mais de 130 países que e divulgou uma estrondosa pesquisa sobre as conseqüências do aquecimento global para o planeta. O relatório assustou a humanidade ao comprovar que o aumento da temperatura do planeta não é responsabilidade só do natural processo conhecido como efeito estufa, que acontece quando parte dos raios infra-vermelhos refletidos pela superfície terrestre é absorvida por gases presentes na atmosfera. O documento aponta a culpa humana sobre a intensificação do fenômeno climático como “muito provável”, trazendo à tona a lei de ação e consequência, da obra predatória do homem sobre a natureza e o meio ambiente.
Em Minas Gerais temos remanescentes de Mata Atlântica, refúgios de vida silvestre, mananciais e cursos d‘água essenciais para o abastecimento de populações locais. De acordo com Otávio, toda essa riqueza vem sendo, pouco a pouco, destruída pela ocupação humana desordenada, tanto em áreas urbanas quanto em áreas rurais.
Em Minas Gerais temos remanescentes de Mata Atlântica, refúgios de vida silvestre, mananciais e cursos d‘água essenciais para o abastecimento de populações locais. De acordo com Otávio, toda essa riqueza vem sendo, pouco a pouco, destruída pela ocupação humana desordenada, tanto em áreas urbanas quanto em áreas rurais.
O Estado em termos de flora, possui grandes biomas, a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga. São formações que abrigam os maiores registros da fauna que, na avaliação do especialista, sofrem constantes ameaças de extinção por causa do manejo inadequado do solo. “Nos últimos anos, de forma mais acentuada pelo chamado ‘reflorestamento’, constituído por uma única espécie ‘eucalipto’, cuja proliferação tem se tornado uma verdadeira praga em todo o Estado.” Ainda assim, de acordo com o Perito, temos fiscalização reduzida por parte dos órgãos do poder público.
Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Minas Gerais, dos cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados de cobertura vegetal primitiva da Mata Atlântica, restaram apenas 7,3%. “Os remanescentes de Mata Atlântica do Estado compõem fragmentos florestais cada vez mais escassos e degradados” avalia Otávio, ressaltando que o cerrado, em quase sua totalidade, foi dizimado em virtude da implantação de lavouras de soja e pelas atividades de carvojeamento(produção de carvão).
Preocupado com o incentivo à produção de álcool combustível, o Perito defende a expansão planejada e cuidadosa do atual ciclo do álcool, sustentada por estudos de impactos ambientais. “A ampliação da frota de veículos bicombustíveis motivou o aumento na produção de álcool. Áreas de Cerrado vêm sendo ocupadas por extensas lavouras de cana, causando enorme impacto no meio ambiente, em particular aos mananciais de água. Os produtores de cana não têm mostrado nenhum respeito a legislação ambiental em rigor, que protege áreas fundamentais à sobrevivência humana.”
Segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Minas Gerais, dos cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados de cobertura vegetal primitiva da Mata Atlântica, restaram apenas 7,3%. “Os remanescentes de Mata Atlântica do Estado compõem fragmentos florestais cada vez mais escassos e degradados” avalia Otávio, ressaltando que o cerrado, em quase sua totalidade, foi dizimado em virtude da implantação de lavouras de soja e pelas atividades de carvojeamento(produção de carvão).
Preocupado com o incentivo à produção de álcool combustível, o Perito defende a expansão planejada e cuidadosa do atual ciclo do álcool, sustentada por estudos de impactos ambientais. “A ampliação da frota de veículos bicombustíveis motivou o aumento na produção de álcool. Áreas de Cerrado vêm sendo ocupadas por extensas lavouras de cana, causando enorme impacto no meio ambiente, em particular aos mananciais de água. Os produtores de cana não têm mostrado nenhum respeito a legislação ambiental em rigor, que protege áreas fundamentais à sobrevivência humana.”
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