Há algo mágico em terras mineiras. Na infinidade de tendências de nossa música, outro jovem desponta com grande talento e conquista a simpatia do público. A voz suave de Kadu Vianna se encaixa bem com o estilo e a formação do trio, que conta com Aloízio Horta (contra-baixo) e Arthur Rezende (bateria). O cantor, compositor, violonista e guitarrista, foi premiado com o ‘Troféu Pró-Música 2007’, evento que já está na 10.ª edição e foi realizado em outubro deste ano, no Shopping Pátio Savassi, em Belo Horizonte.
O cantor se destacou entre os ‘Melhores da Música de Minas’ e ganhou na categoria ‘cantor revelação’, ao lado do conceituado Paulinho Pedra Azul, eleito músico do ano, e de artistas que despontam no cenário nacional, como Vander Lee e Marina Machado, agraciados como melhores cantores.
Carlos Eduardo Augusto de Brito, 27 anos - Kadu Vianna desde 2000, quando iniciou sua carreira artística -, aprendeu a gostar de música com o avô que era saxofonista, compositor e arranjador e com o tio Eugênio Brito, escritor e músico que ainda canta na noite. “Elementos culturais que recebi na infância serviram de ponto de partida para a paixão pela música. Minha mãe é artista plástica e também incentivou minha vocação musical”, conta.
Amante da turma do Clube da Esquina, das vozes de Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta e Lô Borges, o jovem não faz o gênero de só ouvir um tipo de música e dá a volta ao mundo em seu gosto musical “É muito bom ouvir Paulinho Moska e Ed Motta, mas não deixo de ouvir música de quase todo canto do mundo. Gosto do grupo inglês The Beatles e seu ex-integrante Paul McCartney, de Phil Collins, da norte-americana Norah Jones e da canadense Diana Krall. Ultimamente o uruguaio Jorge Drexler está entre os meus preferidos”.
O mineiro define seu estilo como resultado da assimilação entre o que gosta de ouvir e suas próprias experiências. “São as trajetórias de vida que criam um som com personalidade independente. Eu toco violão e guitarra, mas já me aventuro em outros instrumentos e no próximo CD pretendo tocar piano. Me desenvolvi praticamente sozinho, quer dizer, comecei autodidata, e agora estou tendo a oportunidade de fazer canto lírico na UFMG”, explica ele.
Simpático, descontraído e simples, o cantor diz reconhecer a importância das releituras que, para ele, são reinterpretações com possibilidades de trazer o novo. “Existem canções que não devem ser esquecidas, como as de Noel Rosa, Pixinguinha, entre uma infinidade de outros mestres da música nacional e internacional. A regravação cria espaço para o inédito. Torna-se referência para o público avaliar o estilo do artista e meio para o cantor se lançar no circuito musical”. Em dezembro de 2003 lançou seu primeiro CD, intitulado “Kadu Vianna”, com direção artística de Luiz Brasil e participações de peso como as Jacques Morelenbaum, Carlinhos Brown e Carlos Malta, além de incluir uma composição inédita de Paulinho Moska (“Só me dão solidão”) e releituras de “Nada será como antes” (de Milton Nascimento com letra de Ronaldo Bastos), “Flor de Minas” (de Lô Borges e Fernando Brant) e “Cambaio” (Chico Buarque e Edu Lobo).
Em junho deste ano, o cantor e sua banda lançaram o CD “Dentro” no Teatro Dom Silvério, tendo como pano de fundo um cenário intimista e caseiro, composto de 12 molduras e fotografias de objetos domésticos (banheira, cama, armário etc). O disco tem arranjos modernos, influenciados pela MPB, pelo jazz e pop rock. Neste segundo trabalho Kadu é, ao mesmo tempo, produtor, diretor, arranjador, músico e intérprete e conta com participações especiais de Milton Nascimento, Marina Machado, Flávio Henrique, Leo Minax e Jeff Sabbag e dos parceiros compositores Magno Mello, Leo Minax, Murilo Antunes e Ricardo Nazar.
“É o fim do fim”, em parceria com Leo Minax, e Miragem, com Milton Nascimento e Marina Machado, estão entre as músicas inéditas do novo CD “Dentro”, que fazem a alegria da platéia. As canções de Kadu Vianna têm tocado em rádios como Inconfidência, Guarani e Alvorada. “Essas rádios estão atentas ao que está sendo produzido em Minas e abrem portas para artistas levarem novidades aos ouvintes”, reconhece ele. O cantor já fez apresentações em várias cidades de Minas Gerais, cantou em Curitiba e no Rio de Janeiro e tem shows agendados para o fim do ano, em Recife e novamente em Curitiba. Na última sexta-feira (26/10) foi convidado a participar do show de Vander Lee, no Chevrolet Hall, e deve se apresentar no próximo dia 08 de novembro, a partir das 21:00h, no Café Alexandrina, que fica na Rua Pernambuco 797, Savassi. No dia 17/11 Kadu canta na Pousada Carumbé, em Lavras Novas. Para quem perdeu o lançamento do CD “Dentro”, o músico promete, em 2008, repetir o sucesso do show, que deverá ser registrado para a gravação de um DVD.
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Por Georgiana de Sá / Publicado no Jornal Edição do Brasil
Por Georgiana de Sá / Publicado no Jornal Edição do Brasil
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