Festival de arte discute os anos de luta do povo negro
Presente no FAN, o ator Fabrício Boliveira, que fez o ‘Bastião’ na novela da Rede Globo, Sinhá Moça, e o Saci Pererê da série de 2001 do Sítio do Picapau Amarelo, lamenta o sofrimento de seus antepassados durante a ditadura.
Durante o FAN, a estilista Lydia Garcia, do Atelier Cultural Bazafro, mostrou sua especialista em moda étnica no “Ojá” e defender a importância da população negra nos movimentos sociais brasileiros.
Em sua passagem pelo FAN, o artista plástico Jorge dos Anjos, lembrou que o negro ajudou a construir a história política do país.
Em visita ao FAN o cantor Netinho de Paula elogia a atuação dos afrodescendentes na política nacional.
No “Dia da Consciência Negra”, a Ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ao lado da coordenadora de Assuntos da Comunidade Negra da Prefeitura de Belo Horizonte, Maria da Graça Sabóia, fala da cultura negra no país e assiste as apresentações mineiras de danças afro-brasileiras
No FAN, o ator Romeu Evaristo, que vive o ‘Angolano’ no programa de humor ‘Zorra Total’, também conhecido por ter feito, nos anos 70, o Saci Pererê no Sítio do Picapau Amarelo, falou da repressão à cultura negra durante a ditadura.
O FAN - “4.º Festival de Arte Negra-2007”- comemorou o “Dia da Consciência Negra” com debates, apresentações musicais e danças de origens afro-brasileiras
No dia 20 de novembro, a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), esteve na Casa do Conde para comemorar o “Dia da Consciência Negra”, uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder da resistência negra à escravidão no Brasil. A ministra falou da importância da cultura negra para a história do país e assistiu apresentações de danças de origens afro-brasileiras, da Associação Cultural “Eu Sou Angoleiro” (Acesa).
Durante o evento, personalidades e artistas afro-brasileiros conheceram o “Ojá” - palavra africana que significa mercado - que foi montado na Casa do Conde. Os convidados concederam entrevistas e falaram sobre a resistência do negro durante a ditadura militar. O ator Romeu Evaristo, que vive o ‘Angolano’ no programa de humor Zorra Total, também conhecido por ter feito, nos anos 70, o Saci Pererê no Sítio do Picapau Amarelo, lembrou que a repressão militar proibia, de propósito, manifestações da cultura negra, como o samba e a capoeira.“Mais que ninguém o negro sofreu com a ditadura, com causas e efeitos perversos”, opinou ele.
O cantor Netinho de Paula, 36 anos, defendeu a inserção dos negros na política do país e elogiou representantes como Gilberto Gil e Benedita da Silva. “A presença do negro na história política brasileira, em termos quantitativos, pode parecer insignificante, mas merece aplausos”, considerou o cantor.
O ator Fabrício Boliveira, 25 anos, que atuou como o ‘Bastião’ na novela da Rede Globo, Sinhá Moça, e o Saci Pererê da série de 2001 do Sítio do Picapau Amarelo, recordando as histórias de seus antepassados lamentou o sofrimento dos afrodescendentes à época da repressão no país. “A religião, a música e a capoeira eram vistos como expressão cultural proibida”, disse.
Mineiro de Ouro preto, o artista plástico Jorge dos Anjos analisou que, tanto na abolição da escravatura, quanto no período da ditadura, o negro ajudou a construir a história política do Brasil. Ele destacou que, durante a repressão, a arte da capoeira era impedida de ser celebrada e os terreiros de candomblé invadidos. “A polícia quebrava tudo e os pais-de-santo eram presos. Os sambistas eram perseguidos e considerados vagabundos”.Lydia Garcia, do Atelier Cultural Bazafro, especialista em moda étnica, ressaltou que os movimentos sociais, durante a ditadura, contaram com a participação da população negra. “A religião e a música de origens africanas, já marcadas por preconceitos históricos, foram manifestações artísticas ainda mais perseguidas durante a ditadura”. Em sua luta pela resistência dos afrodescendentes, Lydia se tornou militante do movimento negro em Brasília, na década de 70. “Fui uma das primeiras a subir a Serra da Barriga, em Alagoas, templo de resistência e sede de um dos maiores quilombos do Brasil”, contou ela.
No “Dia da Consciência Negra”, a Ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ao lado da coordenadora de Assuntos da Comunidade Negra da Prefeitura de Belo Horizonte, Maria da Graça Sabóia, fala da cultura negra no país e assiste as apresentações mineiras de danças afro-brasileiras
No FAN, o ator Romeu Evaristo, que vive o ‘Angolano’ no programa de humor ‘Zorra Total’, também conhecido por ter feito, nos anos 70, o Saci Pererê no Sítio do Picapau Amarelo, falou da repressão à cultura negra durante a ditadura.
O FAN - “4.º Festival de Arte Negra-2007”- comemorou o “Dia da Consciência Negra” com debates, apresentações musicais e danças de origens afro-brasileiras
Dançarinos da Associação Cultural “Eu Sou Angoleiro” (Acesa) apresentam coreografias afrobrasileiras.
Fotos e texto Georgiana de Sá
Belo Horizonte termina o mês de novembro com saldo positivo para a diversidade cultural. Entre os dias 19 a 25/11, o FAN, “4.º Festival de Arte Negra-2007”, ocupou vários espaços da cidade com música, teatro, dança, cinema, exposições e debates sobre a participação do negro na história brasileira.
Belo Horizonte termina o mês de novembro com saldo positivo para a diversidade cultural. Entre os dias 19 a 25/11, o FAN, “4.º Festival de Arte Negra-2007”, ocupou vários espaços da cidade com música, teatro, dança, cinema, exposições e debates sobre a participação do negro na história brasileira.
No dia 20 de novembro, a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), esteve na Casa do Conde para comemorar o “Dia da Consciência Negra”, uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder da resistência negra à escravidão no Brasil. A ministra falou da importância da cultura negra para a história do país e assistiu apresentações de danças de origens afro-brasileiras, da Associação Cultural “Eu Sou Angoleiro” (Acesa).
Durante o evento, personalidades e artistas afro-brasileiros conheceram o “Ojá” - palavra africana que significa mercado - que foi montado na Casa do Conde. Os convidados concederam entrevistas e falaram sobre a resistência do negro durante a ditadura militar. O ator Romeu Evaristo, que vive o ‘Angolano’ no programa de humor Zorra Total, também conhecido por ter feito, nos anos 70, o Saci Pererê no Sítio do Picapau Amarelo, lembrou que a repressão militar proibia, de propósito, manifestações da cultura negra, como o samba e a capoeira.“Mais que ninguém o negro sofreu com a ditadura, com causas e efeitos perversos”, opinou ele.
O cantor Netinho de Paula, 36 anos, defendeu a inserção dos negros na política do país e elogiou representantes como Gilberto Gil e Benedita da Silva. “A presença do negro na história política brasileira, em termos quantitativos, pode parecer insignificante, mas merece aplausos”, considerou o cantor.
O ator Fabrício Boliveira, 25 anos, que atuou como o ‘Bastião’ na novela da Rede Globo, Sinhá Moça, e o Saci Pererê da série de 2001 do Sítio do Picapau Amarelo, recordando as histórias de seus antepassados lamentou o sofrimento dos afrodescendentes à época da repressão no país. “A religião, a música e a capoeira eram vistos como expressão cultural proibida”, disse.
Mineiro de Ouro preto, o artista plástico Jorge dos Anjos analisou que, tanto na abolição da escravatura, quanto no período da ditadura, o negro ajudou a construir a história política do Brasil. Ele destacou que, durante a repressão, a arte da capoeira era impedida de ser celebrada e os terreiros de candomblé invadidos. “A polícia quebrava tudo e os pais-de-santo eram presos. Os sambistas eram perseguidos e considerados vagabundos”.Lydia Garcia, do Atelier Cultural Bazafro, especialista em moda étnica, ressaltou que os movimentos sociais, durante a ditadura, contaram com a participação da população negra. “A religião e a música de origens africanas, já marcadas por preconceitos históricos, foram manifestações artísticas ainda mais perseguidas durante a ditadura”. Em sua luta pela resistência dos afrodescendentes, Lydia se tornou militante do movimento negro em Brasília, na década de 70. “Fui uma das primeiras a subir a Serra da Barriga, em Alagoas, templo de resistência e sede de um dos maiores quilombos do Brasil”, contou ela.
No comments:
Post a Comment