Sunday, January 13, 2008

J.P. FREDELLI E A ARTE DO HUMOR

Garoto de 11 anos revela talento de comediante com improvisação e espontaneidade

Imitando a famosa dança do siri. O artista mirim acredita que qualquer imitação vale se o motivo é fazer o outro rir.

Foto e texto: Georgiana de Sá
Com uma capacidade nata para fazer os outros rirem, João Pedro Fredelli Machado, 11, conta piadas, algumas de sua própria autoria, e encanta platéias em bares e lanchonetes de Belo Horizonte. Em suas apresentações, o autodidata faz também imitações divertidas de personalidades e de políticos como o presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Para alegrar, sou capaz de fazer piada com quase tudo. Na imitação do Lula eu dou um jeito de perder o dedinho.” brinca ele, enquanto esconde o dedo mínimo da mão esquerda.

O pequeno humorista fez questão de plantar, ele próprio, um milharal no jardim de casa.

Matriculado na rede pública de ensino, o jovem humorista exibe orgulhoso suas provas com notas máximas e garante que, todos os dias, ao final da aula, a professora reserva um tempo para a turma ouvir suas anedotas. J.P.Fredelli já encenou peças de teatro e hoje tem vontade de trabalhar na TV. “Vi, por acaso, o Saulo Laranjeira. Ele me convidou para ir ao ‘Bar Arrumação’, conversamos e tiramos foto. Depois de conhecer um comediante como ele, me deu vontade de trabalhar na televisão”.



Em casa, o artista mirim aproveita a companhia de seu cachorro Jack para brincar, pular e se divertir.

Vai começar o show. J.P.Fredelli, como gosta de ser chamado, tira do bolso um livrinho imaginário e folheia atentamente suas páginas “para encontrar o riso”, explica ele. O menino tem na memória um arsenal de piadas para todo tipo de gosto e atende os fregueses com anedotas de gago, português, loucos e bêbados. “Algumas piadas eu aprendo lendo, outras escutando, mas também gosto de inventar minhas próprias histórias. Não tenho vergonha de nada, sou um verdadeiro palhaço, pau pra toda obra. Se ninguém rir na hora da apresentação eu solto gargalhada assim mesmo, só porque contei uma piada sem graça”, diz.

Com seu bom humor, JP. Fredelli ajuda a mãe a superar perdas.

Segundo Gabriela Teixeira, 60, mãe do artista mirim, aos dois anos de idade o menino já era capaz de reconhecer as letras do alfabeto e, na escola, nunca teve dificuldades de aprendizagem. “João Pedro sempre mostrou características de criança precoce. A professora tinha que fazer um para-casa diferenciado porque ele achava os exercícios fáceis demais”. Para Gabriela, o bom humor, a alegria e a determinação do filho ajudam a família a superar perdas. “Não somos ricos, já passamos privações financeiras, situações difíceis como o falecimento da minha mãe, e a alegria do João foi fundamental. Ele consegue motivar os outros e a si mesmo”, conta ela.

A espontaneidade de JP. Fredelli denunciam seu precoce talento para o humor.


Fazendo trejeitos e tiques o menino solta uma de suas piadas: “A loira está no ponto do ônibus quando chega um gaguinho e pergunta: - Pô... pô... pô... por favor, onde que... que... que fi... fi... fi... fica a ê... ê... ê... escola para ga... ga... ga... gagos? A loira impaciente responde: - Para que você quer uma escola para gagos meu filho? Você gagueja tão bem!”. O artista-mirim ainda não tem agenda confirmada para 2008, mas atende pelo telefone (031) 3377 1343.

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