Saturday, September 20, 2008

"O Futuro da Energia"


Fonte: Banco de Imagens do Google

Consumo energético e mudanças climáticas

Agravado pelo desperdício, o binômio ‘produção-consumo' se torna entrave para um futuro de energia sustentável. Essas e outras questões foram debatidas nesta terça-feira, 26 de abril, durante a primeira palestra preparatória do seminário internacional "O Futuro da Energia", no auditório do Sistema Estadual do Meio Ambiente - Sisema. O evento é uma parceria entre o Sisema por meio da Fundação Estadual de Meio Ambiente -Feam, a Companhia Energéitca de Minas Gerais- Cemig e a Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente - Amda.

O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Paulo Eduardo Fernandes de Almeida, explicou como o crescente uso de energia pode acelerar o aquecimento global. Conforme ele, o momento atual exige uma análise dos principais fatores causadores de Gases do Efeito Estufa - GEE, as variáveis de tendências regionais e mundiais no uso da energia e a evolução de emissões de Dióxido de Carbono (CO2). "A energia pode ser encarada, ao mesmo tempo, como problema e solução", disse o diretor, destacando que projetos de eficiência energética são possibilidades de combate às mudanças climáticas.

De acordo com o palestrante, o CO2, principal gás causador do efeito estufa, contribui com aproximadamente 80% das emissões, seguido do Metano (CH4) e do Oxido Nitroso (N2O). Também segundo ele, de 1971 a 2004 houve aumento nas emissões mundiais de CO2, paralelamente a evolução da renda per capita entre diversos países.

Os dados apresentados durante a palestra indicam que emissão de CO2 per capita nos países considerados em desenvolvimento ainda é bem mais baixa que a de países desenvolvidos. O Canadá, por exemplo, chega a produzir 10 vezes mais CO2 per capita que o Brasil. No entanto, foi salientado que a China, que continua sendo país em desenvolvimento, tem se destacado como o principal emissor mundial de Dióxido de Carbono.

Risco à vida no planeta

Presente no encontro, a superintendente executiva da Amda, Maria Dalce Ricas, advertiu sobre a urgência de reestruturar o ciclo de produção e consumo energético. Ela defendeu a diminuição do desperdício de energia como caminho para evitar um colapso climático global.

Segundo a ambientalista, não se pode conciliar exploração de recursos naturais, crescimento populacional acelerado e produção compatível com o bem-estar social. Ela frisou, ainda, que a tecnologia precisa deixar de ser vilã do efeito-estufa e promover o progresso da eficiência energética e das energias renováveis.

Para Alexandre Valadares Mello, da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil - VSB, debatedor na palestra, os líderes mundiais devem discutir políticas de controle populacional. "Para encarar a questão do consumo energético a sociedade precisa rever suas ações. Mudanças de consciência, local e regional, podem gerar um bem global", considerou, ressaltando sua preocupação com o avanço do uso do petróleo como fonte de energia e conseqüente aumento de emissões de CO2 pela queima de combustíveis fósseis.

Por Georgiana de Sá - Exclusivo para a Amda - Associação Mineira de Defesa do Ambiente

No comments: