Saturday, June 13, 2009

ESTUDIOSOS DEFENDEM EXPANSÃO DE COLETORES SOLARES PARA FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA

Foto COHAB

A popularização de aquecedores solares como alternativa para reduzir consumo de energia elétrica entre a população de baixa renda foi defendida na palestra “Uso e Aplicações da Energia Solar”, promovida pelo Centro Brasileiro para Desenvolvimento da Energia Solar Térmica - GREEN Solar em parceria com a Puc-Minas, nesta terça-feira (09/06). O encontro faz parte da programação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho).
Os professores de Engenharia de Energia, Alexandre Salomão e Luiz Guilherme Monteiro explicaram porque o país precisa investir em energias renováveis. Os estudiosos citaram os impactos de mudanças climáticas, as incidências de catástrofes naturais, a escassez de recursos fósseis, o aumento dos custos e da dependência externa de petróleo, sobretudo de regiões politicamente instáveis, como claros sinais de desgaste das fontes de energia não renováveis.
De acordo com o engenheiro mecânico Alexandre Salomão, 77% da energia elétrica gerada no Brasil é obtida a partir de usinas hidrelétricas. Só a classe residencial usa 24,8% deste mercado e os chuveiros são responsáveis por 18% a 25% da demanda, registrados nos horários de picos de consumo de energia elétrica. “O uso da energia solar para aquecimento de água em residências reduz em 34,6% as contas de luz”, disse Salomão. O palestrante ressaltou que, no início, esse tipo de energia era acessível somente às classes A e B, principalmente pelos custos com instalação, em torno de R$ 7 mil reais, e que, atualmente, existem vários exemplos de uso por pessoas de baixa renda.
O pesquisador Luiz Guilherme Monteiro fez referência aos conjuntos habitacionais na região metropolitana de Belo Horizonte, no bairro Sapucaias, em Contagem, onde cerca de 100 famílias, com renda de até três salários mínimos, foram beneficiadas com coletores solares e conseguiram grandes reduções nas contas de luz e o da Cohab (Companhia de Habitação Popular) em Betim, onde 300 casas foram favorecidas. “Esse é um dos mercados de maior crescimento mundial, livre de emissão de CO2 e pode promover a geração de empregos”. Monteiro também ponderou sobre o grande potencial de energia solar do Brasil e disse que o atual entrave para o aproveitamento dessa fonte, que é o alto custo da tecnologia utilizada, deve ser vencido nos próximos dez ou quinze anos.
A programação da prefeitura inclui palestras, vídeos, debates, oficinas de educação ambiental e visitas orientadas a parques e estações de tratamento de água. Os interessados em participar podem obter informações junto a Gerência de Educação Ambiental – GEEDA, através do correio eletrônico: geeda@pbh.gov.br ou pelo telefone (31) 3277 5199.
Por Georgiana de Sá - Exclusivo para o portal do Ambiente Hoje

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