Fotos Horácio Martins
Ambientalistas do Projeto Manuelzão, do Instituto Guaicuy SOS Rio das Velhas e da Amda – Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente manifestaram contra a poluição das águas e em defesa do Rio São FranciscoApolo Hering Lisboa, do Projeto Manuelzão, entregou pessoalmente a “Carta dos Rios da Terra” ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e demais membros que integravam a mesa de abertura do evento.
O palestrante Mohan Munasinghe, dirigente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2007, disse que é imprescindível estimular o novo modelo econômico-social para combater às crises financeira e ambiental.
Ambientalistas do Projeto Manuelzão, do Instituto Guaicuy SOS Rio das Velhas e da Amda – Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente manifestaram contra a poluição das águas e em defesa do Rio São Francisco. O protesto ocorreu nesta quarta-feira (26/11), no Minascentro, em Belo Horizonte, durante a abertura do evento “Diálogos da Terra no Planeta Água”. Os manifestantes entraram no auditório com alegorias e faixas que diziam: “A Petrobrás polui criminosamente as águas de Minas”, “O rio está doente” e “Diga não a transposição” e finalizaram o protesto ao som da música dos Beatles, Imagine.
Apolo Hering Lisboa, do Projeto Manuelzão, entregou pessoalmente a “Carta dos Rios da Terra” ao governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e demais membros que integravam a mesa de abertura do evento. No documento, os ambientalistas justificam a importância da água para o planeta e sugerem uma nova metodologia de ação para uso dos rios e bacias.
Pela primeira vez na América Latina, a 6ª versão do fórum “Diálogos da Terra no Planeta Água” discute desenvolvimento sustentável, com destaque para a gestão da água no planeta. Durante seu pronunciamento, o governador Aécio Neves disse que o resultado do encontro será levado ao Fórum Mundial da Água, em março de 2009, em Istambul, Turquia.
O governador citou estudos, indicando que se não houver redução das emissões de gases de efeito estufa, o aquecimento global e suas conseqüências podem custar até 5% do PIB global. “No futuro essa perda pode atingir 20% ou mais”, disse, ressaltando que o desafio dos líderes na atualidade não é o de simplesmente defender a economia, mas de garantir a sobrevivência humana no planeta.
Em entrevista coletiva, Alexander Likhotal, presidente da Green Cross International, advertiu que o homem vem usando os recursos renováveis 27% mais rápido do que a Terra leva para renová-los e que as atividades das empresas têm motivado fortes danos ambientais. Likhotal defendeu a parceria entre governos e investidores, como estratégia de combate à crise climática e financeira. O presidente fez referência à redução do uso de combustíveis fósseis, aos investimentos em energias renováveis (como a eólica e solar) e ao uso consciente da água, como rotas seguras para o desenvolvimento integrado e sustentável das nações.
O palestrante Mohan Munasinghe, dirigente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2007, disse que é imprescindível estimular o novo modelo econômico-social para combater à crise financeira que, segundo Munasinghe, surge associada à outra crise, a ambiental. Conforme ele, o desenvolvimento sustentável só se garantirá se for atrelado à diminuição da pobreza. O palestrante lembrou que cerca de dois bilhões de pessoas no mundo ainda vivem abaixo da linha da pobreza e que as mudanças climáticas devem promover ainda mais desigualdades sociais, como a escassez de alimentos acarretada pelas secas.
O ex-presidente de Portugal, Mário Soares, também ponderou que a crise global não é só econômica, mas energética, ambiental, alimentar e de valores éticos. O participante disse ter esperanças em uma mudança de paradigmas e considerou o governo de George W. Bush como grande responsável pela atual crise global. “Bush foi um flagelo para a humanidade”, disse, acrescentando que a vitória de Barack Obama nas eleições americanas representa uma janela de esperanças e uma mudança de consciência política e social dos Estados Unidos.
Embora tenham sido realistas quanto a atual crise global, relacionando problemas ambientais, econômicos e sociais, os palestrantes se revelaram esperançosos quanto ao futuro da humanidade e do meio ambiente. Contudo, os participantes recomendaram, de forma quase unânime, a integração urgente da sociedade civil, do setor empresarial e do poder público, na busca de um novo modelo de desenvolvimento socioeconômico sustentável.
Embora tenham sido realistas quanto a atual crise global, relacionando problemas ambientais, econômicos e sociais, os palestrantes se revelaram esperançosos quanto ao futuro da humanidade e do meio ambiente. Contudo, os participantes recomendaram, de forma quase unânime, a integração urgente da sociedade civil, do setor empresarial e do poder público, na busca de um novo modelo de desenvolvimento socioeconômico sustentável.
Por Georgiana de Sá - Exclusivo para a Amda
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