Thursday, October 30, 2008

A URGÊNCIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Imagem: heliwow. Disponível em www.flickr.com

No segundo dia da III Edição do “Seminário Internacional O Futuro da Energia, na tarde de terça-feira, (27/10), no auditório do CREA-MG, o cientista econômico André Tavares, falou sobre a "Agenda Elétrica Sustentável 2020", um estudo da ONG WWF-Brasil que exibe perspectivas para o setor elétrico brasileiro. De acordo com o cientista, há alguns anos não se falava em eficiência energética e, atualmente, além de ser um dos pilares das políticas públicas, vem alterando os rumos da construção civil, que passa a incluir soluções sustentáveis em água e energia, como os aquecedores solares”.
“Os levantamentos da WWF-Brasil pretendem gerar consciência das potencialidades do país em termos de eficiência energética, ressaltando projetos pilotos como bons exemplos”, justificou o palestrante. Na opinião do cientista é preciso investir em políticas públicas para aproveitar todo o potencial energético que o país possui. “Precisamos de programas para motivar, por exemplo, as edificações sustentáveis. Leis municipais, estaduais e federais seriam bons instrumentos para instituir uma política energética eficiente, segura e competitiva”.
O palestrante enfatizou também a necessidade de popularização da energia solar entre famílias de baixa renda. Para ele, além de promover a competitividade do mercado de energias renováveis, a energia solar pode reduzir custos do consumidor, evitando ligações elétricas clandestinas (furto de energia) por quem não tem condições para pagar a conta de luz. “No final todo mundo sai ganhando”, considerou.


Desafios sociais para adaptação às mudanças no clima

Em sua palestra, Fúlvio Cupolillo, coordenador do 5º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) comentou o quanto a sociedade humana é vulnerável em relação às inevitáveis mudanças climáticas. Como propostas para diminuir a vulnerabilidade social, o coordenador citou a importância de garantia a segurança alimentar da população, através do aumento das reservas de alimentos e emprego de outros potenciais naturais. “É importante investir em plantas que suportam grandes variações térmicas”, explicou. Outro aspecto considerado pelo palestrante foi o valor do planejamento rodoviário a fim de possibilitar deslocamentos de suprimentos e evitar isolamentos de comunidades, em casos de enchentes e inundações.
Fúlvio Cupolillo explicou, ainda, que além do efeito da variabilidade natural, as alterações climáticas decorrem em conseqüência das ações antrópicas (realizadas pelo homem), principalmente em áreas urbanas. “Uma sociedade se previne quando aprende a controlar seus recursos financeiros, materiais e tecnológicos”, ponderou.
Por Georgiana de Sá - Excusivo para Amda

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