Monday, May 12, 2008

A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA




Diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam, Cleide Izabel Pedrosa

Nesta Quinta-feira (21), o “Bate-Papo no Sisema – Discutindo a Política Ambiental do Estado”, promovido pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente – Sisema, por intermédio de sua diretoria da Gestão Participativa da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Semad, apresentou as metas e ações do Fhidro – Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais, para a gestão de 2008.

De acordo com a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam, Cleide Izabel Pedrosa, em 2008, o Fhidro se propõe a priorizar também projetos que tenham como objetivo a destinação de resíduos sólidos urbanos – RSU. “O tratamento inadequado de RSU resulta na contaminação das nascentes”, enfatizou ela.


Regina Greco, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará – CBH Rio Pará, no bate-papo do Sisema

Cleide apresentou um balanço das atividades do Fhidro, que mostra o aumento da demanda pelos financiamentos do Fundo, desde o início de sua atuação. Segundo ela, em 2006 foram cinco projetos financiados, com investimentos de R$ 1.710.409,15, em 2007 foram aprovados 24 projetos, com a liberação de R$ 7.360.913,60. Já em 2008, até o mês de fevereiro, são R$ 234.811,40, do Fundo, possibilitando custos de programas, estudos, projetos, serviços e obras na área de recursos hídricos. “O Fundo tem se revelado como um grande avanço para os recursos hídricos do Estado”, disse ela.


A diretora garantiu que o Fhidro deve aperfeiçoar procedimentos para melhorar formação e a capacitação de seu corpo técnico, modernizando procedimentos para recepção, tramitação e análise de projetos, intensificando também a realização de cursos. “Divulgar o relatório das atividades de 2007 no site, disponibilizar os projetos aprovados para consulta e criar mecanismos para estabelecer indicativos, com avaliação de resultados dos projetos custeados pelo fundo, são nossos próximos passos”, prometeu Cleide.
Alexandre Pinheiro do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais –BDMG, também presente no Bate-Papo, destacou queu a procura pelo fundo não-reembolsável, transferido gratuitamente às entidades, tem sido o mais procurado. Contudo, o Alexandre ressaltou que o fundo reembolsável pode ser o ideal para o financiamento à empresas de capital privado. “Quando o assunto for recursos hídricos, como é o caso de para mineradoras poluidoras que precisam corrigir deficiências, o Fundo pode apresentar financiamentos mais vantajosos” , exemplificou ele.

Regina Greco, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará – CBH Rio Pará, aproveitou a ocasião para falar um pouco de sua experiência como primeira usuária do Fhidro. “Tivemos muitas dificuldades operacionais, que nos ensinou que é preciso ter bom senso e criatividade para cumprir o cronograma exigido pelo Fhidro”, disse a usuária. Regina defendeu ainda uma fiscalização mais intensa nos desmatamentos para criação de gado. “As nascentes sofrem e correm o risco de secarem, não só pelo desmatamento, mas pelo pisoteio do gado“, alertou.

Fotos Georgiana de Sá

Texto Georgiana de Sá - exlusivo para o site

http://www.amda.org.br

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