O filósofo defendeu mudanças de paradigmas em um mundo que, segundo ele, precisa criar tecnologias mais brandas e menos poluentes. De acordo com José de Anchieta, para formar novos hábitos de vida e incentivar a participação da população na política da Agenda 21 é imprescindível desenvolver estratégias de ação, que vão além dos investimentos burocráticos.
“A ética é tarefa social, histórica, inventiva e inconclusa. Ética envolve comunicação, responsabilidade, justiça, virtudes e principio de vulnerabilidade, em um mundo que vai ser sempre plural”, explicou. O professor também reconheceu que, para implementar mudanças nos meios de consumos das fontes energéticas e gerar novos hábitos de vida, é imperativo conhecer as diferentes formas culturais vigentes no país e a relação do povo com a natureza.
Durante o bate-papo, o filósofo esclareceu que, enquanto a moral se subordina às normas sociais, a ética é ditada pelo desejo e prevê autonomia. Disse também que a ética ambiental age de forma antecipativa e depende de conhecimento para realização do ideal desejado. O expositor lembrou que, para elaborar estratégias eficazes em defesa do meio ambiente, é importante refletir sobre complexos interesses econômicos, saberes científicos e geográficos, afrontar experiências, colocar em cheque medidas e encontrar soluções. “É preciso astúcia para tratar dos assuntos ambientais”, advertiu.
Eduardo Nascimento, do Conselho de Política Ambiental – Copam, analisou o processo de construção da ética ambiental como conjunto de dimensão individual e coletiva. “Devemos questionar se o crescimento econômico atual, motivado pela maré global, está apoiando cidadãos ou criando consumidores. A ética ambiental é um desafio que possibilita alcançar uma sociedade mais justa, tendo como pressuposto a gestão participativa”, disse o debatedor, concluindo que não pode haver blindagens para a participação social nas decisões políticas sobre o meio ambiente.
Eduardo Tavares, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH, concordou que a preservação ambiental depende da ética antecipativa e de planejamentos, enfatizando a importância de ações internas, consolidadas no respeito que todo homem dever ter a si próprio e ao outro. “A ética é livre, mas, não libertina”, opinou o conselheiro.
1 comment:
Achei seu blog INTERESSANTÍSSIMO .
Parabéns ;)
e obrigado por nos ceder um blog tão BOM ^^.
Beijo
Post a Comment