Autor: Gianni Vattimo
Fichamento de Georgiana de Sá
Na reflexão de Gianni Vattimo, a sociedade da informação caracteriza uma era em que a TI (Tecnologia da informação) se tona uma unidade, conforme expôs Marshal Macluhan "uma consciência única". O autor disserta sobre a rede global interligando unidades e criando uma consciência una. Na citação de Theodore Roszk o computador surgiu como símbolo de salvação, relíquia da era da informação.
A explanação de Norbert Wierner (1940/1950), inventor da cibernética e da "Teoria da Mensagem" - TI se refere ao individuo que vive, efetivamente, traduzindo a vida com informações adequadas. Para Wierner, a comunicação e o controle são partes da essência da vida interior do homem e de suas práticas sociais.
A chamada ‘defesa nacional’ usou a TI desde a 2.ª Grande Guerra, por necessidades militares do ocidente, como os detonadores remotos para bombas dos EUA. O fato é que não foi apenas o EUA que passou a usar a TI. Os computadores e satélites se tornaram aliados das empresas multinacionais, tão importantes quanto os operários.
Em 1950, os complexos industriais, militares e científicos se tornaram parte fundamental da história da sociedade da informação. Na Terceira Revolução Industrial a desvalorização do pensamento humano permitiu que computadores passassem a coordenar operações econômicas e políticas.
O telégrafo, o telefone, o gramofone, o cinema, o rádio e a TV foram manifestações que possibilitaram a exaltação do computador, símbolo supremo da era da informação. A esfera pública passa então a ser monitorada pelo mercado global, que cria e manipula o gosto do consumidor. TV, cabo, satélite se tornam potenciais instrumentos para a publicidade de massa (1930-1940).
Nos tópicos principais de "A Sociedade da Informação" está o conceito de cibernética, a teoria do controle da informação/mensagem e interface, e a análise da complexa relação ‘homem x máquina’. É possível compreender como as empresas tecnológicas passam a controlar a comunicação, fazendo da informação moeda de valor da modernidade.
Este controle gera uma crise, já que política, através do Estado e seu exército, a economia, por meio das empresas multinacionais, passam a controlar a informação. Gastos, dados, índices de lucratividades e monitoramentos diversos são ferramentas de núcleos econômicos e políticos de poder. O valor da informação é analisado como privatização do conhecimento, moeda, mercadoria que promove desigualdades e define condições sócio-econômicas do homem moderno. No século XIX, a informação é mais cara que a mercadoria, já que ela se torna mediadora de qualquer consumo.
O poder estatal aplica altos investimentos em suas forças armadas e o exército passa a contar com o que há de mais moderno em termos de tecnologia da informação. No campo político, o controle ideológico do "vote em mim" passar a se sustentar também na TI, unificando a democracia numa rede tecnológica de convencimento do outro. O autor deixa claro que a privatização da informação promove as desigualdades sociais e econômicas no globo.
Sobre a Teoria de Norbert Wierner, o autor fala que Wierner foi o inventor da cibernética e que a comunicação e controle se tornam partes da essência da vida interior do homem e das práticas sociais. Surge uma interconexão total, aonde a produção de conhecimento vai além do trivial. Um bom exemplo desta explanção seria o internauta que está conectado em rede, tendo ao seu alcance sons e imagens decodificadas. São paisagens, imagens e textos se surgem através de fluxos numéricos, viajando na velocidade da tecnologia digital, iludindo sentidos humanos. Na rede, os discursos geram imagens que, conseqüentemente, transmitem narrativas a partir de combinações numéricas 00101 – zeros e uns.
Ainda sobre a cibernética, o texto esclarece que se trata de uma contemporânea do computador (1952/pós-2.ª Guerra), surgindo como a tecnologia da comunicação que poderia salvar o mundo, como uma ciência patrocinada pelo mercado.
No comments:
Post a Comment